quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ícone Bizantino - A Figura Humana






Mãos e braços: Os braços geralmente aparecem cobertos pelo manto, a túnica ou as vestes litúrgicas, geralmente até abaixo do punho. Somente no ícone da "Natividade da Virgem", aparecem duas figuras femininas com os braços descoberto e sem nenhum toucado, indicando que estas mulheres estão ao serviço de figura principal do ícone.
Da parte inferior da manga surgem as mãos e dependendo da posição das mesmas e dos dedos virá o seu significado. Os dedos serão sempre longos e esguios, simulando ser os cabos condutores da energia espiritual. Neles também radica o poder, pois com o dedo indicador, sinalizamos, apontamos, ordenamos.

Quando as duas mãos aparecem mostrando as suas palmas, simbolizam uma súplica, uma oração. Quando um mendigo nos solicita ajuda sempre o fará mostrando a palma da sua mão estendida.No ícone da «Deesis» ou «Súplica», aparecem, tanto a Virgem como São João Batista (O Precursor) com as mãos nessa posição.

No ícone da Virgem da Paixão ou «Nossa Senhora do Perpétuo Socorro», como é conhecido no Ocidente, os dedos de sua mão esquerda estão juntos e apontam para o Menino. Esta mão alongada representa o «Caminho», pois aponta para Cristo-Menino, manifestando, assim, as palavras do Evangelho «Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida». Da sua mão direita, observa-se apenas quatro dedos que estão postos com as suas pontas para cima, sinalizando também para o Menino, o anterior indica que o que foi escrito nos Quatro Evangelhos é a sua Palavra. Em outros ícones da Teothokos pode se observar a presença destes mesmos símbolos.

As mãos do "Pantocrátor" são as mais expressivas.
Nos dedos da mão que se vê na imagem acima pode ler-se IC XC na posição dos dedos de Cristo, que é considerado um anagrama para o Seu nome.
Estão mão também representa uma segunda leitura: três dedos juntos simbolizam a Trindade e os dois restantes expressam que Ele é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, sendo que o Pai é a primeira e o Espírito Santo a terceira.

«Cristo, a divina sabedoria» 
(Tessalónica, séc. XIV)

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